Calo ou Falo
Este corte,/ A boca, /Meu melhor açoite;/Sangra palavras!
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Textos

Era uma destas caixas mágicas,
Misto de móvel tecnológico...
A televisão veio depois.

Os locutores com vozes grávidas
Tudo exultavam
Como milagres de sabão.
Os endereços eram distantes,
A fama constante.

Cumprimentavam as ondas
Uma antena em fio de varal:
Kilociclos, megaciclos
Os assovios entre eles.
Gols e améns despertados,
Atônitas notícias da capital.


Antena à terra dando o tom
Volume e sintonia aos povos.
As cartas daqueles que foram
As lágrimas dos que ficaram.
Ainda bem que há a música de orquestra,
Cantores reais e corais eternos.

Os padres loucos e seus inventos...
Consagravam a casa com o som
De um eletro- imã-alto-falante.
Gentes moravam ali dentro?!

Na herança de paternidade
As faixas mundiais do campeonato.
Deslocava-se a bola
Como em um jogo de pregos.
Meia cancha, grande área...
Um gol perdurava o tempo.

Um filho nunca esquece
A freqüência do coração
Nas válvulas dos sentimentos!
Luís Aseokaynha
Enviado por Luís Aseokaynha em 30/10/2011
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