A BARBEIRA E O POETA
Que dê setas antes de entrar
Há um sinalizador na porta
Espiral de cores.
Vou deixar exposto
Assim, / o meu pescoço
Primado de um corte
Ela tem a mão mais leve que o ar!
Há um risco, corisco,
Perigos de decolar.
Já foi Príncipe Danilo,
Hoje pede Fio Jasmim,
Então: das máquinas aposentado,
Maquinista de trem.
Navalha!
Mergulhei meus ais no cais.
No mesmo, espelho
Deslizam os pés no algodão
Pelos do lobo velho
Exímias as falanges e os,
Os puxavantes das tesouras
Beliscou-me o aço
Meu neurônio mais avô!
Ela trigonometra
Ele pensa,
Ele solerte soletra!
Pelas barbas... vou até Meca!
Perdão, cabelereira, perdão!
Bela arte, bela profissão!