Sinopse:
Eduardo Galeano muito bem apresenta a função da
arte: ajudar a olhar! Como filho tateamos a sua mão,
na busca do foco melhor para a vastidão.
Pode ser em barro, em barras de ouro, movimento ou
cimento; sobretudo em palavras. Quando relacionam-se com o
momento vivido, fruto do sentido aguçado, damos-lhe a
preferência.
A poesia exige o “nunca” mas diz ser pouco. Do “para
sempre” entedia-se e retorna. Passeia ela de mãos dadas com o
som, a natureza... mas sendo sempre seu objeto o olho,
resumindo nele todos os sentidos.
A função da arte passa pela problemática social a rasgar as
velhas formas, os rituais herdados...
Verbo, oração, poema. Palavras que promovem a evolução,
oferecendo ao homem a chance de imaginar, de beber a
liberdade destilada, pura.
A voltagem é sua característica e dispara raios entre o
ilusório e a realidade. Um jeito moleque de brincar, rimas
internas, alegorias de sentidos sugerem-se como a um
quebra-cabeças.
As poesias aqui contidas são frutos da coleção começada
há alguns anos atrás. As mais velhas tem mais de dez anos. O
processo do feitio foi bastante característico em cada uma,
variando de uma simples situação do cotidiano a uma entrega
por um raio de tempestade ou sonho. Este processo é
interessante à medida que cerca-se do instante, de um fato,
de um sentimento ou idéia.
Fascinou-me e espero ter traduzido aos seus olhos, leitores,
uma visão no mínimo mais longe da que tinha antes, e agora
somada a horizontes outros mais.
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