Após os degraus da escada, além do pequeno jardim, a porta indicava a recepção da repartição pública municipal. O ar carregado de afazeres dissolvia-se melhor na prestatividade da atendente que avançava, saudadando os chegantes; ora despachando , ora pedidindo que aguardassem, conforme os solícitos apelos.
Eram Pai e Filho.
O menino transportava um pacote levemente amarrado a barbante.
A escrivã levantou-se da máquina de datilografia com uma ficha terminada. As alavancas silenciaram por intervalo na repercussão das batidas no êmbolo que amortecia o papel, deixando as letras já impressas no formulário.
Colou a fotografia três por quatro adrede selecionada no quadrilétero dedicado.
Virou-se ela a disfarçar o que concluíra, confidenciando para a amiga da oficina, uma frase admirada. O Pai ouviu a mensagem, decifrou e guardou por um instante. Enquanto aguardavam de pé no balção as informações para a inscrição no programa de integração de menores...para anotar e cobrar estacionamento de carros no centro da cidade seria o cadastramento.
O Pai repassou cochichando o que havia captado:
- A moça disse que você é bonito!
O Flho olhou de soslaio, anuiu com o olhar e completou:
-Eu ouvi, Pai.
Levaram o embrulho para casa. Sentaram-se na mesa da cozinha e comeram do pão doce que compraram na padaria, na incursão matinal, orgulhosos daquele dia alistamentos.