Textos
LUZ DOS INSTANTES
Sem luz de filamento na noite, brasa de incenso.
O que faço? Perguntar?
O momento grávido de sons incessantes...
- Insetos!
Questiono: sou eu corpo ou eu espírito o mais dependente?
- É o eu que habita no olho seu o único inconfidente?
"Plurais de eus em nós" - E faço falta a mim
Quanto não faz senso ver (viver) sem o eu do olho seu.
Crii ,crii crii...- Insetos?
O mesmo censo dos eus perdidos, de dias já vividos.
Eutanásia para o eu que dói.
Neste parto de gêmeos os instantes nascem,
Com nudez de cheiro sem mudez,
Decorados de olhos da cor dos nossos.
Luís Aseokaynha
Enviado por Luís Aseokaynha em 30/12/2017
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