Calo ou Falo
Este corte,/ A boca, /Meu melhor açoite;/Sangra palavras!
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Textos
UMBILICALMENTE

                                Para as minhas mães


Tem sido assim nossa relação
( Serve às muitas esta poesia. )
Converto-me, cotovelos entre os joelhos,
Então me fecho, feto.

Então viajo, saio pra vida, não sem o seio.
Volto para receber calor, a seiva da placenta,
A sopa...sem largar a mala.

Parto novamente, com os olhos cheios de ônibus
Atravesso as pontes,
Únicas fronteiras por entre os montes.

Volto à noite, sempre encontrando o que preciso,
Senão na vida, na sua barriga.
Hoje entendo aquele sonho
O túnel de uma caverna:

De um lado, o lago encantado de um oceano,
D’outro suas pernas.
Nos dois mundos  suas mãos.
Vai ser difícil para mim, sem antes você,
A ascese, a iridescência.
Luís Aseokaynha
Enviado por Luís Aseokaynha em 18/10/2015
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