Podeis ter voz de orquestra
Hectares caberem nos vossos olhos plurais.
Cumprir-se-ão as bodas num rito de folhas e amoras.
Afora o vento e o pêndulo
Tudo estará estável.
O tempo será vossa moeda.

Sem danos morais,
Valores demais...
Vossa a palavra, solta na boca...
E o calor... colar.... num  pescoço de metais.
Sem sabres no percurso, sem lágrimas vazias  no discurso,
Os cílios dos dias dar-vos-á redes para vossos horizontes.

Em ônus a  vossa pele no sol morena;
Em ônix uma janela onde  possa ver-vos colhendo repolhos,
Plenário, coincidências das horas de calabouço.

Culpa e mérito:
escrever à luz de velas
Amores e opróbrios com as mesmas letras.